"Uma comunidade é como um navio,todos devem estar preparados para tomar o leme." (Henrik Ibsen)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A cidade que foi sinônimo de poluição virou símbolo da recuperação ambiental

Por: Domitila Becker

Rosa Emília Paes – ou simplesmente dona Rosa, como é conhecida no Jardim Costa e Silva, fincado no centro de Cubatão – tem 82 anos e não gosta de ouvir alguém falando mal da cidade onde mora há 58. O município a quase 60 quilômetros de São Paulo, que ficou conhecido mundialmente como “Vale da Morte” na década de 60, deu uma notável volta por cima: em 1992, ganhou da ONU o prêmio concedido à cidade símbolo da recuperação ambiental. Entretanto, ainda não conseguiu desvencilhar-se do estigma da poluição.
“Muita gente que vem trabalhar diz que o lugar não presta, que só é bom para ganhar dinheiro e depois gastar lá fora”, indigna-se dona Rosa. “Se é aqui que ganham o pão de cada dia, não podem falar isso”. Situada entre o Porto de Santos e a capital paulista, Cubatão foi fundada em 1833. A abundância de água e o abrigo natural desenhado pela Serra do Mar fizeram com que o município fosse escolhido, mais de um século depois, para sediar um gigantesco pólo industrial.
Dona Rosa, que nasceu na Bahia, desembarcou na cidade nos anos 50 junto com as siderúrgicas, as petroquímicas e os complexos de fertilizantes e de asfalto. Na época, pouco se falava em ecologia. E as fábricas, despreocupadas, começaram a poluir o ar, o solo e os rios. Os poluentes causaram a devastação de 60 % da mata atlântica e diversos problemas de saúde na população.

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